# O Menino dos Fantoches de Varsóvia #

Hello everybody, tudo bom com vocês?
Faz tempinho que não faço resenha literária? Até que não né, a última foi do Barnaby Brocket… mas como já disse anteriormente, tenho uma caixa de livros para ler, resultado da mega promoção de aniversário do site Submarino, hehehe!
Terminei esses dias, a leitura do primeiro livro da autora alemã Eva Weaver – ‘O Menino dos Fantoches de Varsóvia’.
Livros com temática histórica, principalmente sobre a Segunda Guerra Mundial, sempre foram os meus preferidos, e quando vi a capa deste já sabia que teria que ler.

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“Mesmo diante de uma vida extremamente difícil, há esperança. E às vezes essa esperança vem na forma de um garotinho, armado com uma trupe de marionetes – um príncipe, uma menina, um bobo da corte, um crocodilo…
O avô de Mika morreu no gueto de Varsóvia, e o menino herdou não apenas o seu grande casaco, mas também um tesouro cheio de segredos. Em um bolso meio escondido, ele encontra uma cabeça de papel machê, um retalho… o príncipe. E um teatro de marionetes seria uma maneira incrível de alegrar o primo que acabou de perder o pai, o menininho que está doente, os vizinhos que moram em um quartinho apertado. Logo o gueto inteiro só fala do mestre das marionetes – até chegar o dia em que Mika é parado por um oficial alemão e empurrado para uma vida obscura.
Esta é uma história sobre sobrevivência. Uma jornada épica, que atravessa continentes e gerações, de Varsóvia à Sibéria, e duas vidas que se entrelaçam em meio ao caos da guerra. Porque mesmo em tempo de guerra existe esperança.”
O livro começa com chave de ouro. Conhecemos alguns dos personagens em Nova York, no ano de 2009, Mika – o protagonista – está andando pela cidade com seu neto, quando se deparam com um pôster colorido de um teatro, onde dizia: ‘O Menino dos Fantoches de Varsóvia – Um Espetáculo de Fantoches’, ilustrado com um surrado casaco preto e uma estrela de Davi cravada na manga direita. No instante que vê aquela imagem e aqueles dizeres no cartaz, Mika se sente muito mal e seu neto, Danny, o leva de volta para casa muito preocupado.
Ao chegarem, Mika resolve contar, pela primeira vez, sua história de vida à seu neto e então embarcamos em uma viagem ao tempo, de volta à Alemanha nazista, onde judeus sofreram dores e perdas terríveis. Estamos de volta à segunda guerra, que sensibiliza o mundo todo até os dias atuais.
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O livro é dividido em três partes, e na primeira conhecemos o passado de Mika, na Varsóvia de 1938, quando o garoto tinha apenas 12 anos de idade. O menino nos relata sobre o início dos bombardeios e da formação do Gueto de Varsóvia. O casaco de seu avô, se torna peça chave nessa história, onde ficavam guardados os fantoches que deram um brilho diferente e doce a um conto sobre drama e sobrevivência.
Com o passar do tempo, Mika começa a usar os fantoches para se distrair e para entreter as pessoas ao seu redor, para sua família e amigos. Aos poucos começa a sair na rua fazendo pequenos espetáculos, contando historias engraçadas fazendo com que – pelo ao menos um pouquinho – as pessoas se esquecessem do que estavam passando.
Para evitar que uma mulher fosse maltratada ou até mesmo morta por um soldado nazista, Mika acaba interrompendo e chamando a atenção do alemão com um fantoche. Max, o soldado, fica intrigado com aquilo e ao mesmo tempo quer ver mais daquele espetáculo de fantoches, e nesse dia resolve levar Mika para fora do gueto, e lá o obriga a fazer apresentações para todos os soldados. E foi assim que Mika, além de famoso dentro do gueto onde vivia, fica também muito conhecido entre os soldados.
 
Na segunda parte do livro, com o fim da guerra, vemos qual foi a trajetória de Max e como um soldado alemão viveu com o fim da guerra. Nunca tinha lido um livro que contasse um pouco da visão nazista, e eu gostei bastante. Pude ver que nem todos os soldados eram a favor do massacre, e que muitos deles ajudaram judeus a escaparem com vida desse episódio triste.
Por incrível que pareça, um dos fantoches acaba nas mãos de Max, e é ele quem faz companhia para o personagem quando ninguém mais fez.
 
E na terceira parte, finalizamos o livro com chave de ouro, onde o passado nunca revelado de Mika vem à tona, e onde os fantoches e os personagens de ambos os lados da história – judeus e alemães – podem finalmente colocar os ‘pingos nos Is’.
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Confesso que não esperava tanto deste livro, o começo como já disse, foi muito bem feito e bem escrito, prendendo o leitor a cada página, mas no desenvolvimento do livro, no meio da história, as coisas começam a ficar paradas de mais, mas no final da segunda parte e a terceira parte toda, fecharam com chave de ouro. 
Com certeza é um livro que toca o coração, o meu está tocado até agora. Ficamos emocionados em pensar que mesmo não tendo existido o verdadeiro Mika, ou o verdadeiro Max, existiram muitos, se não milhares, de pessoas muito semelhantes e com histórias incrivelmente parecidas com a dos personagens do livro.
E vocês já leram esse livro incrível?
Se não, é uma ótima opção para quem gosta do gênero, vale à pena mesmo. Queria deixar claro aqui, o que muita gente me pergunta quando digo que gosto de livros deste tipo. Escolho para ler, com muita cautela os livros com este estilo, pois a maioria deles sempre foca no massacre e no sofrimento, sem colocar um conto por trás disso, e não é disso que gosto.
Gosto de saber e conhecer contos de pessoas que viveram naquela época, sem deixar o drama da guerra de lado, mas também não focando totalmente nela.
Espero que tenham gostado.
~xoxo~
 

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