Ora, ora, ora. Quem é vivo sempre aparece não é mesmo? Haters vão dizer que morri e quem está escrevendo é um ghost writer, uma impostora. Podem dizer o que quiser, e acreditem se desejarem, mas vejam só quem voltou, a dona desse blog, a dona da poha toda aqui.
Meu último post foi mais ou menos em meados de 1950 quando a pandemia se iniciava, e hoje, no último dia do ano, ainda vivendo este apocalipse que já deu o que tinha que dar. Brincadeiras a parte, 2020 realmente já deu o que tinha que dar e estou muito mais do que feliz de estar encerrando isso aqui, assim como imagino que quem quer que esteja lendo também deve estar sentindo o mesmo, ou algo parecido.
Foram coisas de mais que viraram uma bola de neve gigantesca que rolou ladeira a baixo e chegando lá na ponta da ladeira pegou fogo e explodiu. Foram muitas desgraças, diversas pessoas queridas que nos deixaram – seja pelo COVID ou não – e muita lambança e lavação de roupa suja, não é mesmo?
Mas não vou usar o último dia do ano para reclamar mais e mais do que já passou e usar esse post como muro das lamentações não, vou tentar usar o bichinho da gratidão aqui e esperar para não só um, mas para vários anos melhores que virão.
O ano começou com a pandemia, e eu senti que o planeta estava parando de girar e que as coisas só iam de mal a pior, minha ansiedade ficava cada dia mais forte e descontrolada. Minha mente corria como um trem desgovernado, e foi aí que peguei essa situação ruim e foquei em voltar para a terapia e realmente focar na saúde da mente, porque somente viver de ansiolítico não ia me ajudar para sempre. Foquei e ainda estou focando real na minha parte emocional e mental, ainda tenho muitos baixos e alguns altos. Mas cada alto e cada entendimento de mim mesma é uma vitória. Entender-se é poder.
Esse também foi o ano das separações, foram elas físicas, foram elas amorosas e de vidas que terminaram nesta existência, e como eu sofri. Sofri com as minhas próprias dores e separações, e também com a dos outros ao meu redor. Sabe aquela coisa que mamãe sempre diz? ‘Há males que vem para o bem’? Pois é, ela sempre esteve certa, algumas separações e perdas foram necessárias para fechamentos de ciclos, alguns desses ciclos foram fechados e deram espaço para que outros fossem abertos. Outros desses ciclos confesso que ainda não estão totalmente finalizados, ainda mantenho algumas portas abertas que estou aprendendo a fechá-las – a terapia fazendo o efeito, sabe?

Mas não foi só de perdas e separações que esta temporada da série chamada VIDA foi baseada, foi também recheada de recomeços. Um recomeço que tenho orgulho e alegria de ter vivido é a volta da amizade que um dia foi adormecida. Hoje ela está acordada e provavelmente lendo isso aqui e dando um sorriso de canto de boca.
Muitas decepções e expectativas não atendidas, mudanças de planos a todo vapor. Se tem uma coisa que esse ano poderia ter como MANCHETE é a mudança de planos! Uma decepção atrás da outra eu tive por uns bons três meses com uma pessoa que eu jamais pensaria que me faria passar todas as emoções que passei. Era como estar em uma montanha russa de manha, outra a tarde e uma mais agitada a noite. E no dia seguinte começar tudo de novo. Mas foi no meio de tanta frustração e decepção que no pico da mais alta das montanhas russas, eu encontrei pessoas maravilhosas onde me sinto amada, muito bem recebida e valorizada por quem sou e pelo meu trabalho. Agradeço a Deus sempre por ter colocado no meu caminho pessoas tão maravilhosas que fazem do meu dia a dia mais feliz e com um quentinho no coração, mesmo no meio de confusão, gritaria e dedo no c*.
CONFIANÇA é outra característica que devemos ser gratos por este ano, que foi algo que muitas vezes esqueci de valorizar e esqueci de ter em mim mesma. E quando me toquei de que é ela que nos move, tudo começou a ficar menos embaçado na minha cabeça. Mas é claro que diariamente tenho que regar a plantinha da confiança pois todo dia ela é esgarçada pela realidade.
Respeito, foi algo que o planeta Terra finalmente sentiu no momento em que eu tive o sentimento de que ele não estava mais girando. Esse sentimento de parado, estagnado, foi o que o planeta implorava há muito tempo e nós, seres humanos egoístas que somos, nunca demos ouvidos. Foi somente quando a raça humana parou de ser tão frenética e absurdamente desesperada por fazer dinheiro, que a Terra conseguiu respirar novamente, suas águas poluídas voltaram a ser límpidas e cristalinas. O oxigênio, algo tão crucial que nos faz vivos, voltou a fluir mais leve nos pulmões dos animais que lá foram não viviam mais e sim se escondiam.
Planeta Terra, esse lugar que chamamos de casa mas o tratamos tão erroneamente, tão escandalosamente deu o seu aviso de que nada somos, de que a natureza sempre acha um jeito de colocar cada coisa em seu lugar. E espero que dessa vez aprendamos o significado e o poder da palavra RESPEITO. Não só por nós mesmos, não só pelo próximo, mas pela nossa própria casa.
Que 2021 seja muito melhor para todos nós, que não tenhamos que enfrentar outra pandemia para aprendermos valores básicos de convivência. Que nenhuma guerra se inicie, que haja paz entre os povos – ou pelo menos próximo disso. Que o amor e a saúde invada a minha vida e a de todos aqueles que amo e que possam estar lendo este post. Se você leu até aqui, muito obrigada e um feliz ano novo!

˜xoxo˜
Cintinua me emocionando e escrevendo lindamente.Deus te abençõe e Feliz Ano Novo!
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